Saudações libertária

Rádio Armadilha ¨*¨ Música; Fibra Ótica

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Banda REFÈNS

BANDA REFÈNS APRESENTAÇÃO


Reféns! Falar, lembrar desta banda para mim não é só gratificante e prazeroso mais também, e acima de tudo, inspirador, digo isso por que foi vendo-os tocar e cantar que percebi ser possível também me aventurar.

Quando entrei em contato com esees caras não acreditei que existiam: um sujeito que cantava sem coordenação motora, um guitarrista desengonçado (que habitava uma casa de boneco), um baterista de nome Morto e um baixista que tocava sentado e vendia sapatos, a primeira vista um desastre, a segunda vista um desastre ainda maior, até mesmo para o lado tosco do mundo underground punk, hardcore. Naquele momento não poderia imaginar que a banda Reféns se tornaria uma das experiências mais gratificantes e ricas do cenário local. Com uma deficiência técnica visível se sobressaia pela persistência, solidariedade e amizade de seus integrantes.Independente do que seus integrantes venham a fazer no futuro tenho a certeza de que levaram as experiências e vivências da banda por todas as suas vidas.

Vida longa a inspiração ao significado da banda Reféns, que cada um possa cantar e tocar, se divertir, expressar seus valores falar sobre alegrias e tristezas, amor e indignação, que a amizade rodeie a todos nós que fazemos parte deste time: time dos que acreditam que podem.

Apolo Alves, Militante libertário , Produtor audiovisual e Garçom.


Jogo da Memória

Fica o que significa. O que significou e ainda significa a banda Reféns? Se aqui nos vemos novamente a ouvir seu som, oito anos depois do fim de suas atividades, quer dizer que alguma coisa dela ainda fica, ainda significa. O lançamento do presente CD e DVD comprovam bem que a Reféns não foi uma banda de garagem que acaba quando todos os integrantes percebem que o que fazem não faz sentido; mais do que um sentido, eles viam um significado no que faziam, significado este abertamente político, escancaradamente libertário, era, por assim dizer, sua identidade. É aqui que encontramos o sentido de sua memória.

Diversas bandas hardcore que preservaram sua identidade libertária já afloraram nos meios punks de Fortaleza e, com certeza, da mesma qualidade que a destes quatro garotos movidos pelo anticapitalismo. Mas é exatamente a este sentimento comum, encontrado nas diversidades políticas de cada um dos integrantes, que não só fez germinar a união e a formação da banda, como também o senso (que todos eles tiveram quando a construíram e deram seu nome, justamente logo após uma reunião de debate político) de que, enquanto durasse, ela iria ser fundamentalmente uma “banda política”. Em outras palavras, mais do que uma forma de diversão, a Reféns era uma banda/coletivo de formação política, uma atividade de militância de pessoas que ainda vêem a arte e a vida (e a política) como inseparáveis.

Aliás, a atividade artístico-cultural desse “coletivo” não se restringia apenas à banda. Eles deram toda importância a qualquer manifestação cultural militante, sempre inspirada no “faça você mesmo”. Os zines, elaborados individual ou coletivamente, eram praticamente a extensão dos temas abordados em suas letras de música, se seus gritos não poderiam ser ouvidos nas canções, eles seriam pelo menos lidos em seus escritos; assim, vale notar a persistência do baterista Morto em escrever e publicar, como também do Dorenildo e do Átila. Semana cultural libertária, noites de apresentações artísticas abertas, como o “Dia D”, exposições, festivais de banda, recitais, vídeos, peças teatrais, tudo isso fez parte do universo Reféns.

Ouvir Reféns não significa apenas ouvir música, sentir a guitarra do Joaquim correndo ao lado dos gritos de Dorenildo, o baixo quase discreto do André e as bateria do Morto traduzindo a voz e a guitarra em forma de batidas. O disco Reféns é um manifesto político da mais alta qualidade. Em cada palavra, cada frase, nos títulos das canções, nas imagens que nos passam ao ouvi-los, no encarte, nas letras simples e didáticas. Ouça a faixa mais-valia, por exemplo, e você não ficará entediado por ter lido essa parte do Capital e não ter entendido. É esse o grande feito desta banda: fazer com que suas músicas fossem manifestos pedagógicos contra o Estado, a sociedade de classe, a arte-mercadoria, a economia da misériaReféns é uma literatura libertária transformada em gritos. Se ainda agora se pergunta o que eles significam, pare de ouvi-los um instante e vá lá fora, há milhões de reféns no mundo, isso comprova que suas palavras não são estrangeiras a esse mundo, eis o porquê desta memoração. O ato de rememorar, trazer à memória, é um ato político e, militantes persistentes como são, aqui estão novamente eles, habitando o terreno da memória, porque, enquanto existir um mundo de reféns, a Reféns permanecerá.

Sergiano A. da Silva, Historiador

O RELEASE

A banda foi formada em 1998 e desde o inicio sua postura não foi apenas musical, como seus integrantes se identificavam com a luta anticapitalista, a idéia foi de formar uma banda política que atuasse nessa luta. No começo ainda não havia um nome para a banda e sua formação era mais ou menos a seguinte: Átila-guitarra, Joaquim-guitarra, André-baixo e Dorenildo-bateria, o vocal ainda não tinha sido definido. Os instrumentos eram poucos, o Joaquim tinha uma guitarra e comprou uma bateria de segunda mão, o Átila também tinha uma guitarra e uma caixa. Esses eram os instrumentos com que a banda tentava ensaiar.

Os ensaios eram na casa do Joaquim. Depois de uns dois meses de ensaio, já no final de 98, Átila resolve sair e formar outra banda com o Morto, esse projeto também não tinha nome e sua formação era: Átila-guitarra/voz e Morto-bateria. As duas bandas passam a ensaiar juntas, na casa do Átila, mas depois de uns quatro ensaios acaba a banda de Átila e Morto. Os instrumentos voltam para a casa do Joaquim e devido alguns problemas, Joaquim, André e Dorenildo bastante tempo sem poder ensaiar, durante esse período sem ensaios, passam a se reunir aos sábados para discutir sobre política, sobre a banda e diversos assuntos. É numa dessas discussões que Morto entra na banda e sua formação muda para: Dorenildo-vocal, Joaquim-guitarra, André-baixo e Morto-bateria. É também nessas discussões que decidem o nome da banda: “Reféns”.

Individualmente os integrantes da Reféns, começam a participar de algumas atividades anticapitalistas no movimento anarco-punk, comitê zapatista, movimento anarquista, etc. Em julho de 1999 a banda volta a ensaiar, agora os instrumentos são: uma guitarra, duas caixas emprestadas, a bateria e um violão elétrico que se usava como baixo, o vocal era no grito mesmo, ainda não dava pra tocar muito bem, mas o Átila sempre acompanhava os ensaios e dava a maior força. Depois de alguns ensaios o André compra um baixo de segunda mão, o Grilo empresta dois microfones, o Grotesco empresta uma caixa de guitarra e o Alexandre uma pra usar o baixo, às vezes, o Mário também emprestava uma caixa de guitarra e o Átila também sempre cedia a caixa dele. O pessoal ajudava pra caramba. Depois a banda compra uma caixa de baixo e um microfone usado. A partir daí começam a freqüentar constantemente estúdios e melhorar seus equipamentos de ensaio.

Em 2000, a Reféns faz um ensaio aberto junto com o Zona Industrial (banda que Átila formou com Thiago, Loren e Nilton). Esse ensaio foi em um colégio no Acaracuzinho, em que o “Zona Industrial” costumava ensaiar. No final de outubro de 2000, a Reféns faz sua primeira apresentação no lançamento da demo-tape da “Grillus Sub”, nesse dia tocaram: Grillus Sub, Lesado, Reféns, Alarma, Veia Cava e Aldinho.Em 2001, a banda participa de uma atividade realizada em Caucaia com o tema: “501 anos de resistência, por uma guerra de classes”, tocaram as bandas: Grillus Sub, Ruptura, Reféns, Disgraça, Sem Nome, e um projeto que surgiu na hora. Ainda no mesmo ano, Átila, Joaquim e Dorenildo editam o zine “Política, arte e pensamentos”. Pouco tempo depois, Morto também edita um zine, chamado “União, respeito e liberdade”. Em janeiro de 2002 a banda grava dois sons em estúdio para uma coletânea beneficente ao CCS de João Pessoa (PA), mas a coletânea não saiu.

Alguns meses depois, Átila e Apolo elaboram um projeto de realizar um vídeo, sobre a Reféns, eles gravam um ensaio e parte de uma entrevista em vídeo, mas o projeto não deu muito certo e o vídeo não chegou a ser editado*. Em julho a Reféns e outros companheiros formam um grupo de estudos para ser realizado aos sábados, Participam desse grupo: Dorenildo, Morto, André, Átila, Joaquim e Cecília. No segundo sábado do grupo de estudos, Dorenildo, Átila, Joaquim e Cecília lançam o zine: “Conheça seu inimigo”. Em agosto, Morto edita o zine “União, respeito e liberdade #2”. Dias depois, a Reféns e o movimento sofrem uma grande perda, com a morte de Átila, um grande companheiro e amigo, aquém dedicamos esse trabalho. No mês de setembro a Reféns e outros indivíduos desenvolvem uma critica ao caráter nacionalista das campanhas anti-alca e é lançado o zine “União, respeito e liberdade #3” com um texto de Dorenildo e Morto, sobre esta critica.

Joaquim e Morto montam uma distro de CDs, fitas e zines chamada Adrede distro produções. Em outubro, a banda participa de uma atividade aberta para a comunidade, realizada na casa do companheiro Merk, onde teve exposição de materiais, pintura de blusas e cartazes, recital de poesias, uma peça de teatro contra as eleições e som com as bandas: ?, Biocaos, Iconoclastas, Sublime Profanação e Reféns. Em maio de 2003, Morto edita o zine: “Informação libertaria”, sobre o 1º de maio. No dia 1º de junho é realizada uma atividade na casa de Dorenildo intitulada de “Dia D”, nesse dia teve distribuição de zines, exposição de desenhos, lançamento do zine “Apopnixe”, editado por Dorenildo, amostra do filme Rola-Bosta, discussão sobre a arte, a esperança e a identidade de movimento, recital de poesias e apresentação musical acústica. Morto edita o, “União, respeito e liberdade #4”, especifico sobre esta atividade. No mesmo mês, a banda toca em um som realizado no Acaracuzinho, junto com as bandas: Tuxauas Makuxi, Biocaos, Luto, Iconoclasta e Veia Cava. Em agosto, a banda toca na gig da II Semana de cultura libertaria de Fortaleza, tocam as bandas: Cuspe, Contestação, Desnutrição, Sublime Profanação, Iconoclasta, Inácio, Ruptura e Reféns.

Em setembro, a Reféns junto com Apolo, Cecília, Mocinha e Thiago, desenvolvem aqui em Fortaleza uma crítica ao eventismo e elaboram um projeto para levar esta critica a todos os grupos junto com um zine e um filme a esse respeito. Morto edita o zine Informação Libertaria # 2 sobre o eventismo com textos de todos os envolvidos nessa critica. Dorenildo e Apolo elaboram o filme; “On-line, uma breve historia no tempo”. Contudo, o projeto não sai como o planejado e só conseguem lançar o zine.

A banda fica de lançar um CD split com “Ruptura”, mas por alguns problemas a Ruptura fica sem poder ensaiar. Em outubro de 2004, por motivos particulares, a Reféns acaba e como última atividade lança seu CD, registro dos seus quase 6 anos de existência, e deseja a todos saúde, amor e vitória!Mesmo com o fim da banda, seus integrantes continuam com sua militância na luta social.

Vídeo Clip do DVD União e Subversão.
Música Mais Valia

Outros vídeos da banda na pagina vídeos da banda Reféns .

Armadilha Produções


Armadilha Produções é uma iniciativa de cunho libertário que segue os princípios Punk NO PROFIT (não ao lucro) DIY (faça-você-mesmo), voltada para a produção de vídeos e matérias relacionados às campanhas; Não Deixe a Escola Atrapalhar Seus Estudos, Rola-Bosta e Outros olhares, Outra forma de ver o mundo. São nove anos em atividade. Contamos com a colaboração de diversos parceiros; Pedro, Macilio, Yasmim, Joaquim e outros tantos que aqui não citaremos, mas temos o mesmo carinho, ao todo dezoitos companheiros já contribuíram com a ARMADILHA PRODUÇÕES, hoje de forma, mas direta três companheiros; Apolo, Mocinha e Dorenildo seguram a produtora. Entre suas realizações estão seis zines relacionados às campanhas, dez vídeos entre os quais; Rola-Bosta o FILME, Palavras, Indústria da Morte, On-line; Uma Breve História no Tempo, o DVD da Banda REFÉNS, e o CD poesia. Sobre os projetos em andamento vale ressaltar o livro multimídia, No Mar das Circunstâncias, o DVD multimídia, História Recente do Movimento Libertária no estado do Ceará. Os vídeos “curtas”; Para além do olhar superficial que trata das transformações espaciais “urbanísticas” sofridas pela a cidade de Fortaleza no século passado, e o vídeo antes de 2014, que trata das transformações (Obras, deslocamento de comunidades e especulação imobiliária) Que a cidade começa a sofre devido a copa de 2014.
Obs: Por ventura alguém se cinta ofendido, prejudicado de alguma maneira adiando desculpas e reafirmo a dizer que os posicionamentos políticos da CAIL assim como os vídeos da Armadilha Produções NÂO tem interesses levianos de prejudicar pessoalmente mingúem, não é algo pessoal.
Armadilhas Produções Resenhas e links dos filmes

Rola-Bosta O FILME Rola Bosta,
parte 1 Link - http://www.youtube.com/watch?v=CJeRaPQCZR4
parte 2 Link - http://www.youtube.com/watch?v=OR5lKhVuPUo
Vídeo realizado em frente ao Cine São Luis na abertura do Cine Ceará. Faz uso da ironia como arma para critica. Repleto de participações especiais: Políticos profissionais, meninos de rua, artistas de diversos naipe$, nada escapa ao inseto coprófago.



História do Trabalho

link - http://www.youtube.com/watch?v=031Wph_LGaI
Retrata a ideologia do trabalho e o Sofrimento do espírito humano.







Espelho/Reflexo
Link - http://www.youtube.com/watch?v=fZb8e0SHZ4c
Vídeo inspirado em texto do escritor Eduardo Galeano.







Palavras
Link - http://www.youtube.com/watch?v=_Ov_FVTNEb4
Vídeo inspirado em texto Do escritor Eduardo Galeano..








Et´s
Link - http://www.youtube.com/watch?v=VBteS76E4ic
Vídeo realizado a partir de fotos de manifestações Anti-capitalistas.











Indústria da Morte
Link - http://www.youtube.com/watch?v=py_YUjVSlwo
Utilizando como gancho a exposição do poderio bélico e militar de confronto urbano, o vídeo indaga o que é militarismo para que serve. Conta com a participação especial do então professores Pinheiros, que nos fala sobre a retórica dos governantes a respeito de uma “policia cidadã”; hoje, vice-governador do estado, é um dos articuladores do Ronda do Quarteirão.






Não Deixe a Escola Atrapalhar Seus Estudos – O FILME –
-Parte 1, Não Deixe A EScol...
Link - http://www.youtube.com/watch?v=jVOf6j3RnxA
-Parte 2, Não Deixe A Escol...
Link - http://www.youtube.com/watch?v=ARCtAaQdRnw
Primeiro vídeo da Campanha“Não deixe a escola atrapalhar seus estudos”, um apanhado das reflexões feitas ao longo de oito anos de campanha. Uma critica consistente a escola.





Redundar
Link - http://www.youtube.com/watch?v=ZOqMy0_1KeM
Redundar, o que é isso? Gente vivendo;caminhando sem cabeça, será o nascer de um novo sentido? O por vim de algo já estalado ou uma simples ação de negação da vida de se mesmo.





A Santa e o Cofre...
Link - http://www.youtube.com/watch?v=P8KFPm44K7A
Com respeito à religiosidade do Povo e impugnação à instituição religiosa.







On-line, Uma Breve História no Tempo.
Link - http://www.youtube.com/watch?v=tWjGHDj1em0
A primeira distorção é a que fica. O vídeo retrata o levante dos trabalhadores de Maracanaú e Fortaleza, abafado pela mídia oficial.






PASSE QUANDO FICAR VERDE.
Link - http://www.youtube.com/watch?v=sbztbYPDKaw
O som do motor, uma cantiga, a faixa e a fronteira, a quem Pertence esse mundo?