Saudações libertária

Rádio Armadilha ¨*¨ Música; Fibra Ótica

terça-feira, 23 de junho de 2009

PARA MORTE DO ARTISTA.


“Um pensamento que desagrega e que à sujeição exalta, prega. Cultura que se apropria da totalidade para propagar a passividade pegando a vida e destroçando em partes dando a cada uma um nome, uma delas é a arte.”


A vida imita a arte? Quantas vezes você já ouviu essa frase? O que há de inocente nela? Nada, garanto.
A arte é concebida hoje no mundo ocidentalizado como algo separado da vida vivida. Pode existir, ou melhor, é digna de existência uma vida não vivida?
Privilégio dos especialistas, dos senhores artistas, a arte da forma que concebida torna-se um aparelho de dominação dos mais sofisticados. Ou a vida não imita arte? Quando a essa perspectiva de que ai esta de compreender a arte como forma de expressão separada da vida, entende-se, por conseguinte a vida separada da arte. Essa visão surgiu, ou melhor, construi-se numa determinada cultura. Como exemplo reflita sobre o que foi dito pêlos primeiros “descobridores” (ocupantes) ao chegar a essas terras habitadas por nativos, de pele e nariz bem feitos que andavam nus:

- Aqui não há teatro, essa gente não conhece teatro.

De fato, os nativos dessas terras há quinhentos anos ocupadas não conheciam o teatro, pois teatro para o europeu “ocidentalizado” significa justamente a separação da arte da vida, sendo o teatro uma estrutura de madeira e ferro ou pedra onde separada da vida mesma, nascia a arte, só lá poderia nascer parida por algum artista.

Para a morte do especialista em arte – o artista – precisamos destruir o que fundamenta a razão de sua existência, a arte, que só é arte quando separada da vida mesma, quando não só é vida.

“Abaixo a arte que faz com que suportemos uma vida que não merece ser vivida”.
Por Apolo

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